EDUCAÇÃO
FÍSICA E SAÚDE
I.M.C E OBESIDADE
William
Pereira da Silva
O Índice
de Massa Corporal (I.M.C.) é uma fórmula que indica se você está acima do peso,
se está obeso ou abaixo do peso ideal considerado saudável. A fórmula para
calcular o Índice de Massa Corporal é: IMC = peso / (altura)2. É um método
fácil com o qual qualquer um pode obter informação ou uma indicação com bom
grau de acuidade, se está abaixo do peso, no peso ideal, acima do peso ou
obeso. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o índice normal é entre
18.5 e 25. Então, para sua altura o peso ideal é entre Kg mín / Kg máx. Antes
de tudo, é preciso salientar que o Índice de Massa Corporal é apenas um
indicador, e não determina de forma precisa se uma pessoa está acima do peso ou
obesa. A Organização Mundial de Saúde usa um critério simples: em relação ao
IMC em adultos podemos classificar abaixo do peso quem tem o índice abaixo de
18,5, no peso normal entre 18,5 e 25, acima do peso entre 25 e 30 e obeso acima
de 30 de acordo com a tabela da OMC
A
vantagem do sistema da Organização Mundial de Saúde é que ele é simples, com
números redondos e fáceis de utilizar. Há alguns problemas em usar o IMC para
determinar se uma pessoa está acima do peso. Por exemplo, pessoas musculosas
podem tem um Índice de Massa Corporal alto e não serem gordas. O IMC também não
é aplicável para crianças. Outro problema é a influência, ainda não
suficientemente estudada, que as diferenças raciais e étnicas têm sobre o
Índice de Massa Corporal. Por exemplo, um grupo de assessoramento à Organização
Mundial de Saúde concluiu que pessoas de origem asiática poderiam ser
consideradas acima do peso com um IMC de apenas 23.
A
Obesidade é a deposição excessiva de gordura no organismo, levando a um peso
corporal que ultrapassa em 15%, ou mais, o peso ótimo. Os nutricionistas
Cecília L. de Oliveira e Mauro Fisberg relatam que "vários fatores são
importantes na gênese da obesidade, como os genéticos, os fisiológicos e os
metabólicos; no entanto, os que poderiam explicar este crescente aumento do
número de indivíduos obesos parecem estar mais relacionados às mudanças no
estilo de vida e aos hábitos alimentares. O aumento no consumo de alimentos
ricos em açúcares simples e gordura, com alta densidade energética, e a
diminuição da prática de exercícios físicos, são os principais fatores relacionados
ao meio ambiente.Os estudos verificaram que a obesidade infantil foi
inversamente relacionada com a prática da atividade física sistemática, com a
presença de TV, computador e videogame nas residências, além do baixo consumo
de verduras, confirmando a influência do meio ambiente sobre o desenvolvimento
do excesso de peso em nosso meio. Outro achado importante foi o fato da criança
estudar em escola privada e ser unigênita, como os principais fatores
preditivos na determinação do ganho excessivo de peso, demonstrando a
influência do fator sócio-econômico e do micro-ambiente familiar. O acesso mais
fácil aos alimentos ricos em gorduras e açúcares simples, assim como, aos
avanços tecnológicos, como computadores e videogames, poderia explicar de certa
forma a maior prevalência da obesidade encontrada nas escolas
particulares.Contudo, esses dados não estão de acordo com os encontrados em
países desenvolvidos, onde existe uma relação inversa entre o nível de educação
ou sócio-econômico e a obesidade.
Muitos
outros aspectos podem influenciar na obesidade, como os alimentos servidos em
restaurantes, bares e supermercados, a variedade e o aumento nas porções dos
alimentos sofreram um aumento significativo nos últimos anos, por exemplo, o
tamanho da batata-frita oferecida aos consumidores em meados dos anos 50
representava 1/3 do maior tamanho oferecido em 2001, acontecendo também com a
carne, chocolates e massas em geral.
A
importância de apresentar medidas de intervenção na prevenção de distúrbios
nutricionais em indivíduos propensos a obesidade merece destaque de todos os
setores da sociedade, inclusive na educação, na indústria alimentícia e nos
meios de comunicação, massificando a necessidade de uma ampla campanha de
esclarecimento e conscientização na forma como devemos nos alimentar e praticar
atividades físicas.
"Medidas
de caráter educativo e informativo, através do currículo escolar e dos meios de
comunicação de massa, assim como, o controle da propaganda de alimentos não
saudáveis, dirigidos principalmente ao público em geral e, a inclusão de um
percentual mínimo de alimentos in natura no programa nacional de alimentação
escolar e redução de açúcares simples são ações que devem ser praticadas. Sobre
a indústria alimentícia, devemos procurar o apoio à produção e comercialização
de alimentos saudáveis", exaltam os nutricionistas Cecília L. de Oliveira
e Mauro Fisberg.
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